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Rota no Estadual #8: Campeonato Amazonense

  • Foto do escritor: Pedro Tanure
    Pedro Tanure
  • 26 de jan. de 2023
  • 3 min de leitura

Um dos estaduais mais fortes da região Norte, o Amazonense é repleto de atrações alternativas e um celeiro fértil para projetos novos


Segundo estadual mais antigo da região Norte do país, o Campeonato Amazonense terá início somente no final de Janeiro. Para a atual edição, uma das maiores atrações é a disputa entre clubes tradicionais de história centenária e projetos novos, mas que já trazem resultados no âmbito nacional.


O que chama a atenção também é a pouca representatividade no campeonato, tendo clubes de apenas quatro cidades no páreo. Mesmo com uma profissionalização tardia, o estado já teve representantes com certo destaque no país e, atualmente, parece passar por uma revolução interna com a chegada de novos clubes com novas propostas.


Protagonismo manauara e decadência dos gigantes


Nos primórdios do futebol no Amazonas a hegemonia foi estabelecida logo de início e, de certa forma, persiste até hoje. Depois das duas primeiras edições, conquistadas pelo Manaos Athletic, o Nacional estabeleceu seu nome nas primeiras quatro décadas, conquistando 15 troféus, e tendo o Rio Negro como adversário mais regular no cenário estadual.


Já no final da década de 1940, o Fast consegue seu primeiros títulos, se apresentando como real concorrente ao Nacional. A década de 1950 começa com um tetracampeonato do América, ainda sem o histórico Amadeu Teixeira, mostrando uma tendência de um equilíbrio na disputa do estadual, que se concretizou ao longo da década com vários clubes levantando a taça, dentre eles o São Raimundo.


O Barezão, como o campeonato é também chamado, só se tornou profissional em 1964 e em um contexto em que o Nacional já não era tão soberano. No entanto, o Naça retomou a hegemonia, sobretudo nos anos 1970 e 1980, tendo mais uma vez o Rio Negro como maior concorrente. No início dos anos 2000 o São Raimundo volta a ganhar destaque e reequilibra o torneio.


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Foto: Reprodução/Manaus F.C.

A força do interior só apareceu em 2005, quando o Grêmio Coariense superou o todo poderoso Nacional. O que parecia um ponto fora da curva na realidade abriu portas para que Penarol, Holanda e Princesa dos Solimões pudessem repetir o feito.


Atualmente, o Nacional mais uma vez vê a hegemonia ameaçada, agora com o Manaus, clube fundado em 2013. Completando 10 anos de existência em 2023, o clube já possui cinco títulos e é o atual bicampeão do Barezão.


Campeões do Amazonense

​Nacional

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43

1916, 1917, 1918, 1919, 1920, 1922, 1923, 1933, 1936, 1937, 1939, 1941, 1942, 1945, 1946, 1950, 1957, 1963, 1964, 1968, 1969, 1972, 1974, 1976, 1977, 1978, 1979, 1980, 1981, 1983, 1984, 1985, 1986, 1991, 1995, 1996, 2000, 2002, 2003, 2007, 2012, 2014, 2015

Rio Negro

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17

​1921, 1926, 1927, 1931, 1932, 1938, 1940, 1943, 1962, 1965, 1975, 1982, 1987, 1988, 1989, 1990, 2001

Fast Clube

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7

1948, 1949, 1955, 1960, 1970, 1971, 2016

São Raimundo

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7

1961, 1966, 1997, 1998, 1999, 2004, 2006

América

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6

1951, 1952, 1953, 1954, 1994, 2009

Manaus

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5

2017, 2018, 2019, 2021, 2022

Olímpico

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3

1944, 1947, 1967

Penarol

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3

2010, 2011, 2020

Cruzeiro do Sul

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2

1928, 1930

Auto Esporte

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2

1956, 1959

Manaos Athletic

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2

1914, 1915

União Portuguesa

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2

1934, 1935

Sul América

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2

1992, 1993

Princesa dos Solimões

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1

2013

Manaos Sporting

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1

1929

Rodoviária

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1

1973

Coariense

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1

2005

Santos

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1

1958

Holanda

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1

​2008

Edição 2023: Projeto faz a diferença


A edição 2023 nem começou e já se tem uma baixa importante no Barezão. Antes do início do torneio, o Fast anunciou sua desistência para essa edição alegando problemas financeiros. A situação, no entanto, é algo relativamente comum nos estaduais do Norte do Brasil.


Além do Fast, outra ausência gigante na competição é o São Raimundo, rebaixado no último ano. O Tufão, há não muito tempo atrás, era um dos clubes de maior destaque do estado, inclusive sendo o último a participar da Série B do Brasileirão em 2006. Em um intervalo de apenas cinco anos foram três rebaixamentos no estadual.


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Foto: João Normando

Em contrapartida, o campeonato promete com projetos jovens que já tem ganhado destaque nacional. Amazonas e especialmente o Manaus chegam para a disputa como os representantes do estado na terceira divisão nacional, os credenciando na corrida pelo título.


Outros dois atrativos, apesar de provavelmente não brigarem por título, é o retorno do Rio Negro e o Parintins. O Galo da Praça da Saudade, segundo maior campeão estadual, volta a elite amazonense depois de três anos na segundona. Já o Parintins, fundado em 2021, fará a sua estreia na primeira divisão.

​Amazonas

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Cidade: Manaus Estádio: Municipal Carlos Zamith (6.500) Amazonense 2022: 5º

Iranduba

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Cidade: Iranduba Estádio: Tenente Álvaro Maranhão (2.000) Amazonense 2022: 7º

Manauara

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Cidade: Manaus Estádio: Municipal Carlos Zamith (6.500) Amazonense 2022: 6º

Manaus

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Cidade: Manaus Estádio: Arena da Amazônia (44.000) Amazonense 2022: 1º

Nacional

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Cidade: Manaus Estádio: Arena da Amazônia (44.000) Amazonense 2022: 3º

Operário

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Cidade: Manacapuru Estádio: Gilbertão (7.000) Amazonense 2022: 8º

Parintins

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Cidade: Parintins Estádio: Francisco Garcia (4.000) Amazonense 2022: 2º (2ª divisão)

Princesa dos Solimões

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Cidade: Manacaparu Estádio: Gilbertão (7.000) Amazonense 2022: 2º

Rio Negro

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Cidade: Manaus Estádio: Carlos Zamith (6.500) Amazonense: 1º (2ª divisão)


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Números do Amazonense


Mais participações

  • Nacional: 102 participações

Maior goleada

  • Sul América 16 x 0 Guarany (07/06/1959)

Mais títulos invicto

  • Nacional (1978, 2002)

Mais tempo como técnico de um clube

  • Amadeu Teixeira (América): 53 anos (1955-2008)


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