Segundo estadual mais velho do Brasil, o Baianão é o Campeonato mais antigo do Nordeste
O Campeonato Baiano de Futebol é um dos principais estaduais do Brasil. O torneio possui 119 anos de história e só não é mais velho que o Campeonato Paulista. O Baianão foi fundado no dia 15 de novembro de 1904, quando o São Paulo Club, Clube Internacional de Cricket, Sport Club Victoria (atual Esporte Clube Vitória) e Sport Club Bahiano se juntaram para a criação do Torneio.
Estadual mais antigo do Nordeste, o Baianão tem uma história que vai muito além do domínio de Bahia e Vitória. O primeiro campeão baiano foi o Internacional de Cricket, mas a primeira hegemonia foi protagonizada por outros dois clubes de Salvador: O Ypiranga e o Botafogo
Era pré Ba-Vi: O domínio das antigas forças soteropolitanas
O Campeonato Baiano começou a sua história com os títulos sendo bem disputados e divididos entre os clubes de Salvador. Após a conquista do extinto Internacional de Cricket, até os anos 20, outros 10 clubes soteropolitanos foram campeões baianos. Em 1908 e 1909, o Vitória chegou a ser bi-campeão, mas perdeu o protagonismo e ficou 44 anos sem uma nova conquista.
A partir de 1917, a primeira hegemonia do Campeonato Baiano surgiu e se estendeu até a década de 30. O Ypiranga, com sete títulos, e o Botafogo, com cinco, foram os principais clubes do início do Bainão. Depois disso, as equipes perderam força, com o Ypiranga vencendo mais três baianos, sendo o último em 1951 e o Botafogo dois, com o mais recente em 1938.
Ascensão da dupla Ba-Vi: O domínio dos gigantes
Em 1931, foi fundado o Esporte clube Bahia, que, logo de cara, demostrou que nascia um gigante, conquistando o Baianão daquele ano. Desde então, o esquadrão se impôs como um dos grandes da Bahia, se tornando o maior campeão baiano, com 49 títulos.
Durante a primeira metade do século XX, o Vitória ainda era um gigante adormecido, tendo conquistado apenas dois campeonatos no início do torneio. Em 1953 o Leão saiu da fila e voltou a ser campeão baiano. A partir daí, o Vitória se consolidou e passou a dividir os holofotes com o Bahia, formando uma das maiores rivalidades do Brasil. O leão é o 2º maior campeão do Campeonato Baiano, com 29 conquistas.
O Fluminense de Feira se sagrou o primeiro campeão baiano do interior, quando, em 1963, ficou com o título. Depois disso, por apenas outras cinco oportunidades o campeão não era sediado em Salvador, com o Fluminense e o Bahia de Feira, o Colo-colo de Ilhéus e, mais recentemente, com o Atlético de Alagoinhas, que conquistou as últimas duas edições.
Campeões Baianos
Bahia | 49 | |
Vitória | 29 | |
Ypiranga | 10 | 1917, 1918, 1920, 1921, 1925, 1928, 1929, 1932, 1939, 1951 |
Botafogo | 7 | 1919, 1922, 1923, 1926, 1930, 1935, 1938 |
Galícia | 5 | 1937, 1941, 1942, 1943, 1968 |
Fluminense de Feira | 2 | 1963, 1969 |
Fluminense de Salvador | 2 | 1913, 1915 |
2 | ||
São Salvador | 2 | 1906, 1907 |
AAB | 1 | 1924 |
Santos Dumont | 1 | 1910 |
1 | 1927 | |
Leônico | 1 | 1966 |
Bahia de Feira | 1 | 2011 |
Internacional | 1 | 1914 |
1 | 1905 | |
Atlético de Salvador | 1 | 1912 |
Républica | 1 | 1916 |
Guarany | 1 | 1946 |
Colo Colo | 1 | 2006 |
Sport Bahia
Escudo não encontrado | 1 | 1911 |
Edição 2023: Atlético de Alagoinhas em busca do tri
O Bainão de 2023 promete pegar fogo, com os gigantes da capital reestruturados e a potência do interior em busca de uma hegemonia no campeonato.
O Bahia conquistou o acesso para a Série A do Brasileirão em 2022 e vive um dos momentos mais otimistas de sua história, após ter a sua SAF adquirida pelo Grupo City. O Esquadrão de Aço, que não conseguiu passar da 1ª fase no último Bainão, vem formando um time forte e quer se impor novamente no estado.
Com o investimento, o Bahia trouxe nomes conhecidos no futebol brasileiro, como o atacante Everaldo, o goleiro Marcos Felipe e os zagueiros David Duarte, Kanu e Raul Gustavo. O clube também conta com a experiência Ricardo Goulart e a juventude do garoto Kenedy.
O Vitória, depois de anos de instabilidade política, que culminou no rebaixamento para série C, também promete chegar forte na disputa do título. O Leão está a quatro anos sem conseguir passar da 1ª fase do Bainão, mas, após a pacificação interna, quer voltar a brigar pelo título.
Na última temporada, o Vitória iniciou um processo de reconstrução e protagonizou um dos acessos mais sofridos impactantes da história, quando, embalado por sua torcida, a equipe superou as estatísticas que apontavam apenas 2,6% de chance de acesso e conseguiu subir para a Série B, em uma arrancada final. O Leão da Barra conta com nomes como Trellez e Léo Gamalho para conseguir voltar a ser campeão, após cinco anos na fila.
Quem quer surpreender de novo é o Atlético de Alagoinhas. O Carcará se estabeleceu como uma das forças do estado, chegando nas últimas três finais e se tornando o atual bi campeão baiano. O Atlético conta com Agnaldo Liz, treinador responsável pelos dois títulos do time. Com terceiro título, além de impor uma hegemonia no Baianão, a equipe se isolaria do Fluminense de Feira como o maior campeão do interior.
Campeonato Baiano 2023
Atlético de Alagoinhas Cidade: Alagoinhas Estádio: Antônio Carneiro (16.000) Baiano 2022: 1º | Bahia Cidade: Salvador
Estádio: Fonte Nova (50.025)
Baiano 2022: 6º | Bahia de Feira Cidade: Feira de Santana Estádio: Arena Cajueiro (7.000 )
Baiano 2022: 3º | Barcelona de Ilhéus Cidade: Ilhéus Estádio: Mário Pessoa (10.000) Baiano 2022: 4º | Doce Mel
Cidade: Jequié Estádio: Barbosão (10.000) Paraibano 2022: 8º |
Itabuna Cidade: Itabuna Estádio: Itabunão (9.200) Baiano 2022: 1º ( 2ª divisão) | Jacobinense Cidade: Jacobina
Estádio: José Rocha (6.000)
Baiano 2022: 2º (2ª divisão) | Jacuipense Cidade: Riachão do Jacuípe
Estádio: Eliel Martins (5.000)
Baiano 2022: 2º | Juazeirense Cidade: Juazeiro
Estádio: Adauto Moraes (8.000)
Baiano 2022: 7º | Vitória Cidade: Salvador
Estádio: Barradão (30.618)
Baiano 2022: 5º |
Números do Baiano
Maior Campeão do Interior:
Fluminense de Feira e Atlético de Alagoinhas: 2 títulos
Maior sequência de títulos:
Heptacampeonato: Bahia (1973–74–75–76–77–78–79)
Maior artilheiro de uma edição
Cláudio Adão em 1986 (Bahia) e Neto Baiano em 2012 (Vitória): 27 gols
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