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Foto do escritorPedro Tanure

Rota no Estadual #4: Campeonato Paranaense

Potências dos primórdios do Paranaense ainda figuram entre os maiores campeões do torneio. Ausência do Paraná abre precedente na luta pelo posto de terceira força do estado.


O especial Rota no Estadual chega a região sul, iniciando pelo Paraná, um dos estaduais mais equilibrados do país e com tradição muito além da dupla Atletiba. Prova disso é a ascensão de clubes no interior no cenário nacional, aliado a tradição novos clubes com projetos interessantes podem surgir como zebras.


Um dos destaques está na ausência do Paraná, clube que já foi tido como novo rico no futebol brasileiro durante os anos 2000 e uma das potências do estado. Por um lado, Athletico e Coritiba aumentam o número de taças na galeria de troféus mas, por outro, outros clubes mostram um planejamento interessante na busca por essa vaga em meio ao protagonismo.


Extinção de potências e projetos promissores


Apesar do histórico recente sugerir que o domínio de Athletico e Coritiba ser algo rotineiro, nem sempre foi assim, muito pelo contrário aliás. Disputado desde 1915, o primeiro campeão foi o Internacional, clube que viria a sofrer fusão junto ao América dando origem ao Athletico. O primeiro domínio expressivo foi do já extinto Britânia, hexa entre 1918 e 1923.


A dupla da capital começa a concentrar os títulos de fato durante os anos 1930, com o também extinto Ferroviário ganhando algumas edições até o final da década de 1940. Ao longo desse período é interessante observar que, ao contrário de outros estados, várias cidades chegaram a ter representantes entre os quatro primeiros como Ponta Grossa e Irati.


A primeira do interior não demorou e, em 1955, o Monte Alegre de Telêmaco Borba se sagrou o primeiro clube fora de Curitiba a erguer o troféu. Entre 1961 e 1964 somente clubes do interior conquistaram a taça, com direito ao bicampeonato do Grêmio Maringá, que não tem relação com o dos dias atuais.


Foto: Divulgação/Londrina

Desde então, a briga por uma quarta força no estado foi bem acirrada, tendo Londrina e Operário Ferroviário como os nomes comumente mais lembrados. Contudo, historicamente tiveram União Bandeirante, Grêmio Maringá, Malutrom, Iraty e Matsubara também como encalço dos grandes.


Com a recente decadência do Paraná, a briga para estar entre os grandes deve ficar ainda mais interessante.


Campeões do Paranaense


Coritiba


39

1916, 1927, 1931, 1933, 1935, 1939, 1941, 1942, 1946, 1947, 1951, 1952, 1954, 1956, 1957, 1959, 1960, 1968, 1969, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 1979, 1986, 1989, 1999, 2003, 2004, 2008, 2010, 2011, 2012, 2013, 2017, 2022

Athletico Paranaense


26

1925, 1929, 1930, 1934, 1936, 1940, 1943, 1945, 1949, 1958, 1970, 1982, 1983, 1985, 1988, 1990, 1998, 2000, 2001, 2002, 2005, 2009, 2016, 2018, 2019, 2020

Ferroviário


8

1937, 1938, 1944, 1948, 1950, 1953, 1965, 1966

Paraná


7

1991, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 2006

Britânia


7

1918, 1919, 1920, 1921, 1922, 1923, 1928

Londrina


5

1962, 1981, 1992, 2014, 2021

Grêmio Maringá


3

1963, 1964, 1977

Palestra Itália


3

1924, 1926, 1932

Pinheiros


2

1984, 1987

Operário Ferroviário


1

2015

Colorado


1

1980

Internacional


1

1915

Paranavaí


1

2007

América-Paraná


1

1917

Monte Alegre


1

1955

Comercial


1

1961

Água Verde


1

1967

Cascavel


1

1980

Iraty


1

2002

Edição 2023: Briga pela terceira força e novos projetos


A próxima edição do Paranaense pode ser uma das mais inusitadas dos campeonatos estaduais pelo Brasil. Dos 12 clubes que irão participar da próxima edição, metade deles foram fundados depois de 2000. Ainda que o favoritismo absoluto ainda seja de Athletico e Coritiba, os projetos devem fazer toda a diferença.


Dentre os clubes de maior tradição, o Londrina é o maior postulante a dar trabalho para a dupla da capital. Após uma campanha surpreendente na Série B, tendo momentos que teve a real possibilidade de conseguir o acesso, o Tubarão vem credenciado a brigar pelo título, conquistado pela última vez em 2021.


Em um momento um pouco mais delicado, o Operário corre por fora e tem no estadual a oportunidade de se preparar para a disputa da Série C do Brasileiro depois de quatro temporadas na segundona. Com o Fantasma em baixa, somado a ausência do Paraná, abre margem para que os clubes mais novos entrem na disputa.


Foto: Reprodução/Tribuna do Paraná

Na última edição, o Maringá, fundado em 2010, conseguiu chegar a final e corre por fora. Outros dois projetos que tiveram ascensão meteórica e merecem ficar de olho é o Azuriz, fundado em 2018 e com aporte do lateral Marcelo, e o Cascavel, que pertence a Belletti.


O novato da vez, Aruko, fundado em 2020 pelo ex-seleção japonesa Alex Santos, tem todas as condições de infraestrutura para fazer boa campanha.

Paranaense 2023


​Aruko

Cidade: Maringá Estádio: Willie Davids (16.000) Paranaense 2022: 2º (2ª divisão)

Athletico

Cidade: Coritiba Estádio: Arena da Bixada (42.372) Paranaense 2022: 4º

Azuriz

Cidade: Pato Branco Estádio: Os Pioneiros (2.100) Paranaense 2022: 10º

Cascavel

Cidade: Cascavel Estádio: Olímpico Regional (25.000) Paranaense 2022: 7º

Cianorte

Cidade: Cianorte Estádio: Olímpico Albino Turbay (4.000) Paranaense 2022: 8º

Coritiba

Cidade: Curitiba Estádio: Couto Pereira (40.502) Paranaense 2022: 1º

Foz do Iguaçu

Cidade: Foz do Iguaçu Estádio: Estádio do ABC (5.000) Paranaense 2022: 1º (2ª divisão)

Londrina

Cidade: Londrina Estádio: Estádio do Café (30.000) Paranaense 2022: 5º

Maringá

Cidade: Maringá Estádio: Willie Davids (16.000) Paranaense 2022: 2º

Operário

Cidade: Ponta Grossa Estádio: Germano Kruger (10.632) Paranaense 2022: 3º

Rio Branco

Cidade: Paranaguá Estádio: Estradinha (4.000) Paranaense 2022: 9º

São Joseense

Cidade: São José dos Pinhais Estádio: Estádio do Pinhão (4.075) Paranaense 2022: 6º



Números do Paranaense


Maior goleada

  • Palestra Itália 16 x 0 Paranaense (07/09/1931)

Maior sequência de títulos

  • Hexacampeonato: Britânia (1918/19/20/21/22/23) e Coritiba (1971/72/73/74/75/76)

Mais vice campeonatos

  • União Bandeirante: 5 (1966/69/71/89/92)

Menor cidade a ter um clube na final

  • Cambará: 25.569 habitantes (Cambaraense - 1953)

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