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Foto do escritorPedro Tanure

Rota no Estadual #1: Campeonato Alagoano

Caminhando para sua 92ª edição, o Alagoano é palco de uma das principais rivalidades do Nordeste. Mesmo com duas potências, vira e mexe aparece um intruso na briga pelo título.


Início de temporada é época da bola rolar pelo estadual, amados por alguns e odiados por tantos outros. Fato é que esses campeonatos fazem parte do DNA do futebol brasileiro, com histórias quase folclóricas das quais nos do Rota resolvemos fazer uma singela homenagem, mostrando todos os estaduais, um a um, começando por Alagoas.


Apesar da história quase centenária, o campeonato alagoano é o caçula da região Nordeste, tendo sua primeira disputa começando somente em 1927. Desde então, o torneio deixou de ser disputado em 1931 e 1932 pela data coincidir com o campeonato de seleções estaduais e, em 1934 e 1943, foi interrompido também por conta do calendário.


Domínio da capital e intrusos do interior


Nos anos iniciais do Alagoano, CSA e CRB monopolizaram os títulos até 1945, quando o Santa Cruz, também sediado em Maceió, abriu alas para que outros clubes levantassem a taça. Mesmo com o aparecimento de outros clubes, o título não saiu de Maceió, tendo ainda o Ferroviário, distante do futebol profissional, Barroso e Alexandria, ambos extintos, conquistando o título.


Somente em 1953 apareceu o primeiro time do interior conquistando o torneio, ou melhor, sendo um dos campeões. Na época a disputa do Alagoano era dividido em dois grupos, um com clubes da capital e outro com clubes do interior, com o Barroso e o ASA de Arapiraca conquistando as vagas para a final. Porém, o clube de Maceió recusou a disputar a final e a Federação declarou os dois como campeões daquela edição.


Foto: Reprodução/Globo Esporte

Depois do ASA, outro intruso apareceu na seleta lista de campeões estaduais, com o Capelense conquistando o título em 1959, 1962 e 1989. Inclusive, a última conquista colocou o time de Capela na Copa do Brasil de 1990, sendo eliminado logo na primeira rodada contra o Flamengo.


A última força do interior que ousou bater de frente com os gigantes da capital foi o Coruripe, que apesar de ter sido fundado somente em 2003, conseguiu a façanha de levar a faixa de campeão em três oportunidades: 2006, 2007 e 2014. O Murici também conseguiu levar um título em 2010, mas desde 2015 a taça voltou a estar entre os grandes de Maceió.


Campeões do Alagoano

CSA


40

1928, 1929, 1933, 1935, 1936, 1941, 1942, 1944, 1949, 1952, 1955, 1956, 1957, 1958, 1960, 1963, 1965, 1966, 1967, 1968, 1971, 1974, 1975, 1980, 1981, 1982, 1984, 1985, 1988, 1990, 1991, 1994, 1996, 1997, 1998, 1999, 2008, 2018, 2019, 2019


CRB



32

1927, 1930, 1937, 1938, 1939, 1940, 1950, 1951, 1961, 1964, 1969, 1970, 1972, 1973, 1976, 1977, 1978, 1979, 1983, 1986, 1987, 1992, 1993, 1995, 2002, 2012, 2013, 2015, 2016, 2017, 2020, 2022

ASA


7

1953, 2000, 2001, 2003, 2005, 2009, 2011

Coruripe


3

2006, 2007, 2014

Capelense


3

1959, 1962, 1989

Santa Cruz


2

1945, 1948

Ferroviário


1

1954

Barroso


1

1946

Corinthians Alagoano


1

2004

Alexandria


1

1947

Murici


1

2010

Edição 2023: Hegemonia da capital tenta segurar forças do interior


A edição de 2023 promete ser acirrada no Alagoano, com os dois maiores campeões vindo de uma temporada decepcionante. Se na última edição a dupla CSA e CRB vieram de ótimas campanhas, brigando pelo acesso na Série B, o quadro mudou drasticamente para 2023.


No último Brasileirão o CRB fez uma campanha apenas mediana, ficando no meio da tabela, chegando a frequentar a zona de rebaixamento nas rodadas iniciais. Já no CSA a situação foi ainda pior saindo do quase acesso a Série A em 2021 até cair para a terceira divisão nacional em 2022, assim o estadual para os Azulinos deve ser de reformulação.


Foto: Ailton Cruz

Finalista no último estadual, o ASA deve ser a força do interior na busca da taça, o time de Arapiraca ainda bateu na trave e por pouco não subiu para a Série C do Brasileiro. Outro campeão do interior que pode aprontar é o Murici, campeão em 2010, e que chegou as semifinais da última edição.


Apesar de ainda muito novo, o Desportivo Aliança, fundado apenas em 2012, ficou entre os quatro melhores no último Alagoano e foi vice da Copa Alagoas, perdendo para o Cruzeiro de Arapiraca. Destaque também para a volta do Coruripe, tricampeão e que retorna a elite estadual em 2023.


Alagoano 2023

ASA

Cidade: Arapiraca Estádio: Coaracy da Mata (12.000) Alagoano 2022: 2º

CRB

Cidade: Maceió Estádio: Rei Pelé (20.800) Alagoano 2022: 1º

CSA

Cidade: Maceió Estádio: Rei Pelé (20.800) Alagoano 2022: 3º

CSE

Cidade: Palmeira dos Índios Estádio: Juca Sampaio (9.000) Alagoano 2022: 5º

Coruripe

Cidade: Coruripe Estádio: Gerson Amaral (7.000) Alagoano 2022: 1º (2ª divisão)

Cruzeiro

Cidade: Arapiraca Estádio: Coaracy da Mata (12.000) Alagoano 2022: 2º (2ª divisão)

Desportivo Aliança

Cidade: Maceió Estádio: Estádio da UFAL (3.000) Alagoano 2022: 7º

Murici

Cidade: Murici Estádio: José Gomes da Costa (4.000) Alagoano 2022: 4º



Números do Alagoano


Maior goleada:

  • CSA 22 x 0 Esporte

Maior sequência de títulos:

  • Tetracampeonato: CSA (1955/56/57/58, 1965/66/67/68 e 1996/97/98/99) e CRB (1937/38/39/40 e 1976/77/78/79)

Maior número de participações

  • CSA e CRB: 90 participações (contando com os torneios inacabados de 1934 e 1943)

Maior sequência na 1ª divisão

  • CRB: 87 participações (desde 1936)


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